A propósito de uma notícia do jornal «Público» subordinada à desertificação do País provocada pelo encerramento de estações de comboio, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário considerou, dia 9, que ela «vem confirmar a razão que temos na luta em defesa da componente pública do caminho de ferro».

Através de um comunicado, o SNTSF/CGTP-IN acusou PS e PSD de praticarem a mesma política para o sector, recordando como, desde que começaram os encerramentos de linhas, ramais e estações alertou para o aumento das assimetrias regionais. No entanto, «o artigo poderia ter ido mais longe se tivesse apontado os responsáveis por esta situação, bem como pela política de desmembramento da CP», inserida nas medidas de ataque às funções sociais do Estado, que deixou de considerar o transporte público como um bem prestado a sociedade», considerou o SNTSF.

«O encerramento de linhas, ramais e estações iniciou-se com um Governo PS, chefiado por Mário Soares», recordou o sindicato, salientando que a mesma política foi prosseguida pelo PSD de Cavaco Silva, que «procedeu também ao desmembramento da CP, com a criação das EMEF, Soflusa, Tex e outras». Depois foi o Governo PS de António Guterres a prosseguir com o desmembramento, «nomeadamente com a criação da Refer».

«Agora, o PS de Sócrates anuncia a privatização de empresas do sector», contidas no PEC, acordado com o PSD.

O sindicato garante que prosseguirá com a luta em defesa de um caminho-de-ferro público com reforço da sua componente social.